A Bailarina do Fim da Rua.

A Bailarina do Fim da Rua.
(Sávio Assad)

Dança, mexe seu corpo entre o ocaso
veste de luz as estrelas no céu e encanta
esse canto da vida, tão expressivo e latente.

Dança, se lança por cima das árvores
frondosas e a passos largos pupila de
cores esse verde, tão lindo e suave.

Dança, ressurge entre os dois mundos e
reviva a canção da vida, encantando
com seus encantos os quatros cantos.

Dança e se deixe brilhar, como faíscas
ao vento desenhando traços ao léu, como
piruetas incontroláveis e maravilhosa.

Niterói - 21/10/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1879890

Poesia...

Poesia...
(Sávio Assad)

Sentimento que nos deixa tonto
Sedento por um momento de escrita,
Sentimento que nos aprisiona nas letras e sílabas,
formando frases de nós mesmos.

São as súplicas de um coração que vagueia
por entre emoção sublime e o próprio eu.
Arrancando de nossas entranhas o que é de mais belo
e nos colocando transparente aos olhos do leitor.

Poesia é tudo isso e mais uma infinita
variação de momentos intensos,
vividos unicamente pelo poeta.

Niterói - RJ - 24/02/06

Ouvindo o Silêncio.


Ouvindo o Silêncio.
(Sávio Assad)

Som de minha alma, ecoa entre os campos e visite
minha amada, perdida em pensamentos.

Arraste meus pensamentos aos seus pés e devolva os seus,
para minhas mãos que já estão abertas a sua espera.

Venha cobrir-me com seus longos cabelos dourados,
fazendo-me arrepiar todo o meu corpo, ainda sereno.

Faça-me gritar aos setes mares, o amor que sinto e
assim ouvindo o sussurrar de seus lábios, me perder.

Venha e sinta o meu hálito de anis, perfumando
a sua pele morena e se apossa do sempre foi seu.

Acorde com o vento batendo em sua janela e
deposite suas esperanças, já tão esperadas.

Venha a beira mar, viver o sonho aberto ao horizonte
e no poente descansar com o brilho das estrelas.

Niterói -RJ - 18/10/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1873889

Ingrato Coração.

Ingrato Coração.
(Sávio Assad)

Bate, bate forte e sem medo, bombeando
esse líquido vermelho, rubro dos lábios
que eu perdi, no caminho da vida.

Bate, forte e sem dó, de machucar esse
peito já dolorido, pelos soluços de noites
inteiras, perdido em pensamentos.

Bate com coragem e pulsa minha cabeça
tonta e desmemoriada, das pancadas da
vida, amarga e sedenta por você.

Bate e me faz gritar aos quatros cantos,
seu nome bem alto, para todos ouvirem
e confirmarem minha derrota.

Bate e agoniza esse ser já cansado de
longas caminhadas, por trilhas em branco
sofrendo por perder os olhos seus.

Niterói - RJ - 09/10/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1857765