Oração do coração.

Oração do Coração
(Sávio Assad)

Que meu amor seja
banhado de luz eterna
para, que em um reflexo
de seus olhos, possa me ver e sentir.

Se emocionar a cada momento
de nossas vida.

Que os sonhos de meu amor
sejam embalados por minhas mãos,
acariciando seu corpo macio
e que nos nossos momentos, possamos
sentir o calor de corpos em erupção.

Que essa eternidade
seja como um balsamo para
nossas almas.

E que essa oração perpetue
nosso amor, a cada dia,
nos tornando almas gêmeas.

E seus olhos possa chorar de emoção
a cada beijo eterno.

E que essa união se transforme
em brindes de emoção
no caminho longo de nossas vidas.

Niterói - RJ - 18/08/2006

CONVERSA DA LUA COM O MAR.

CONVERSA DA LUA COM O MAR.
(Sávio Assad)

Não consigo chegar as suas profundezas
tão calma e sonolenta, onde a vida surge
no silêncio de caça e caçador, lindamente.

Não consigo, por mais que minha luz chegue
a você, o reflexo me cega e fico a deriva dos
meus pensamentos, pensando e imaginando.

Te vejo aqui de cima, lindo, grande e profundo,
mas não posso te penetrar, percorrer seu universo
interno e cristalino, a sonhar.


Não precisa ficar triste, pois também te vejo
grande, redonda e iluminada a me espreitar
durante toda noite, mas sou tímido, me calo.

Te vejo preciosa, como uma bola de prata
lançando seus raios luminosos, tão bonitos
que invejo o seu vai e vem pelo céu.

Nos encontramos lá longe no horizonte,
você lindamente se chega para me beijar,
e eu acaricio seus raios a me deleitar.

Seguimos nossos caminhos através dos
tempos, grande, lindo, bravo e calmo.
E você, linda, prateada com lágrimas nos olhos
em forma de estrelas a se jogar sobre meu corpo.

Niterói - 21/03/2010

http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/2151638

Espinhos de um caminho.

Espinhos de um caminho.
(Sávio Assad)

Caminhando, sigo meu caminho e na
sofreguidão de encontrar um atalho,
talho meus pés nesses espinhos.
Doloridos passos eu dou, rasgando
minha carne.

Meu corpo todo se envolve nesse
torpor, insustentável e medonho.
Sentimentos brotam em minha pele,
nua e sem preconceitos.
Pernas bambeiam, músculos se contraem,
num espasmo de um único sacrifício.

E os espinhos a me espreitarem, a
penetrar o meu corpo, a fazerem sentir
o profundo suspiro da minha alma. E
assim arfando aos grito me sustento,
me olho e grito seu nome.

E ao entardecer de meu destino atino
para um momento de precisão
contínuo, onde a gota d'água espalha
seu reflexo, refletindo meu rosto no
seu espaço de pensamento.

Niterói - RJ - 12/03/2010
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/2135392

A Luz de seus olhos.

A Luz de seus olhos.
(Sávio Assad)

A solidão tomou conta do meu canto,
sinto o fogo subindo feito labaredas,
a me queimar o peito, sem desejos,
sem magia ou encantamentos.

A solidão tomou conta do meu caminho,
caminhando ao meu lado, olhando nos
meus olhos congelados pelo tempo,
sem minha permissão, me tomou.

A solidão tomou conta da minha vida,
arrancando suspiros de esperança e
sem esperança espero solitário, num
canto qualquer, solitário.

A solidão tomou conta da minha cabeça,
pensando pensamentos loucos e vazios,
ouvindo sua voz aos quatros cantos e
lentamente me deito neste chão de estrelas.

Niterói - Rj - 27/02/2010

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/2111367