Em uma tarde...


Em uma tarde...
(Sávio Assad)

Seus pés cruzou o meu caminho
e eu caminhei ao seu encontro,
em meio a desencontros te encontrei.

Corpo suado a transpirar, te
carreguei em meu colo e vi
o seu olhar, me mirando a meia luz.

Sua boca sedenta, já pedinte dos
meus beijos e afagos, por todo corpo,
por todos poros... me sentindo.

Assim, atingindo todos os desejos e
desejando todos os segredos me
despi de você, arfando ao amanhecer.

Niterói - RJ - 21/12/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1989925

Eu queria ser a areia.

Eu queria ser a areia.
(Sávio Assad)

Queria ser a areia que lambuza seu corpo ao deslizar
numa praia deserta e adentrar seu corpo moreno do sol.

Queria ser as estrelas que iluminam seus sonhos acordado
e te remete ao horizonte perdido em pensamentos.

Queria ser a lua que banha sua face e reluz a plenitude
de tua alma, encantando os corações apaixonados.

Queria ser somente eu e você a transformar o mundo
na serenidade de um canto de pássaro.

E assim encontrar minha alma gêmea, que a perdi
em algum lugar do passado.

Niterói - RJ - 07/12/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1966002

PRATEADA

Prateada.
(Sávio Assad)

Pinta, passa este pincel no meu corpo nu,
me faz sentir o frescor da cor do pecado
invadindo todo o meu ser, sendo real.

Alisa este corpo sereno e me deixe entrar
em erupção, pegando fogo aos poucos,
soltando labaredas pelos olhos.

Louco, grita meu nome, bem alto,
quero explodir em mil partes e reparte
esse sentimento de puro tesão.

Pinta, quero cintilar aos seus olhos
e me refletir na sua retina já ensandecida
de amor, ardor e de pura sedução.

Niterói - RJ - 25/11/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1944463

Nasci para ti.

Nasci para ti.
(Sávio Assad)

Embora o amargo da minha língua
ainda sinta esse gosto de fel.

Embora as estrelas já não brilham
tão intensa, neste céu imenso.

Embora tu me abandonaste no meio
do caminho espinhoso e distante.

Nasci para estar ao seu lado e
lado a lado caminharmos juntos,
neste destino inexplicável da vida.

Niterói - RJ - 20/11/09
Tem um anjo na minha rua.
(Sávio Assad)

Acho que vi um anjo na minha rua, sereno a cantar.

Sua pele irradiava uma luz suave, e levemente fitei
seus olhos e sentindo alguma coisa me invadindo
sorri, meio opaco, meio bobo, mas... sorri.

Seus cabelos por lavar, mostrava o abandono de sua
família. Ele sorria e cantava, olhando a natureza de
mais um dia ensolarado, ensopando sua roupa de suor.

Suas mão de pedinte, pedia carinho, amor e esperava.
Esperava por uma palavra que não chegava, mas lutava
para que o pessoal o visse e lhe desse atenção.

Meus pés colaram no chão, meus olhos perplexos
não conseguiam se desviar, meus pensamentos
voavam a procura de uma resposta e não encontrava.

E em meio ao barulho do transito, ouvi sua voz a
me chamar, pego por um estalo, cheguei ao seu
lado e a única coisa que ele me disse devagar foi.
Sabia que você me reconheceria e te esperava.

Niterói - RJ - 22/11/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1938635

A mulher dos meus encantos!

A mulher dos meus encantos!
Sávio Assad

Quem é você, dama sem máscara,
que me encanta com seus traços finos,
olhos cor de mel e pele macia,
me impulsionando a sentimentos ocultos
e me levando aos seus braços suaves,
sobre o brilhar de uma lua prateada.

A mulher de meus pensamentos puros,
que rouba a minha calma, me colocando
em conflitos amorosos e sedentos.
Sem pena de me fazer seu escravo e eu
sem pena de me escravizar.

Que se supere sempre, ocupando cada
lacuna de meu destino e sugando a energia
guardada no meu peito, me desfalecendo
de amor e êxtase, por seus encantos.

Uma mulher de corpo inteiro
remexendo meu eu e ativando os
sentidos, contidos e escondidos.

Uma mulher que satisfaça meus delírios,
sonhos e desejos, que me ensine a arte de amar
e de desejar uma alma gêmea, sabendo se deliciar nas
canduras do amor, do carinho e do sentimento
mais puro e desejado.

Ser delicadamente uma dama
com seus gestos delicados e sentimentos
arrebatadores.
Ser delicadamente uma prostituta
me matando de desejos, onde corpos envolto
em lençóis de linho tremula ao sabor do amor.
satisfazendo nossos desejos de pele e
de alma, num gozo eterno e sereno.

dedicado a você que arrebatou meu coração.

Corali não mora mais aqui.

Corali não mora mais aqui.
(Sávio Assad)

Nesta manhã acordei um pouco sonolento,
talvez por não ter dormido direito,
ou por ter perdido o sono repentinamente.
A dor ainda insiste em latejar, dentro do meu peito
e eu me recuso a me curar.

Depois de uma longa parada na soleira da porta,
mirando o horizonte
estonteante desta manhã de sol,
me pego com os olhos rasos d'água,
pensando e a dor latejando.

Transpassando o tempo, de tempo em tempo,
me sinto pequeno e sem propósitos
a somar no meu destino,
já tão amargo quanto o sabor de meus próprios lábios,
ao roçar de minha língua sedenta.

O vazio já se instalou no recinto
e sinto o eco de meus pensamentos
a me perseguir entre paredes de pura tenção,
num frenesi incomparável
e na doce ilusão do seu pensamento,
penso em nós dois, sozinhos.

Ninguém sabe qual será o nosso destino
e nem eu tenho esta pretensão em saber,
pretendo sim lançar mão da borracha
e apagar as pistas deixadas para trás.
Olhando o banco vazio se distanciar,
lentamente, calmamente e perigosamente.

Niterói - RJ - 12/11/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1920457

Enigma.


Enigma.
(Sávio Assad)

Quem te escreve, sou eu, que pertenço as suas entranhas
e caminho na sua imaginação,
em silêncio profundo, sem medo.

Eu que te pertenço, sem você saber
e sei que me ignoras no seu pensamento,
querendo não me pertencer.

Sou a sombra tardia dos seus pensamentos mais remotos
e das suas agonias mais profundas,
onde me deleito a espreitar.

Minhas mãos segura seu coração latente
e vibra a cada emoção vivida,
apertando-o serenamente, calmamente.

Me perco nos seus passos largos
a caminho de uma esperança e me refaço,
rindo da lentidão da sua volta derrotada.

Me pego olhando seu rosto, ora sorrindo, ora séria
e sinto seu hálito invadir o meu,
atordoada, perdida.

Não, não pense em me arrancar de dentro de você,
pois arrancarás sua alma
e cairás, sem sentidos.

Assim, porém, me encontrarás
e então verás que sou você mesmo,
um pequeno enigma dos seus sonhos.

Niterói - RJ - 06/11/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1909256

Feitiço

Feitiço.

Já que o feitiço vira contra o feiticeiro,
Farei um feitiço maneiro e cheio de flores,
e te amando seremos os ganhadores.

Sávio Assad
Niterói - RJ - 2009

A Bailarina do Fim da Rua.

A Bailarina do Fim da Rua.
(Sávio Assad)

Dança, mexe seu corpo entre o ocaso
veste de luz as estrelas no céu e encanta
esse canto da vida, tão expressivo e latente.

Dança, se lança por cima das árvores
frondosas e a passos largos pupila de
cores esse verde, tão lindo e suave.

Dança, ressurge entre os dois mundos e
reviva a canção da vida, encantando
com seus encantos os quatros cantos.

Dança e se deixe brilhar, como faíscas
ao vento desenhando traços ao léu, como
piruetas incontroláveis e maravilhosa.

Niterói - 21/10/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1879890

Poesia...

Poesia...
(Sávio Assad)

Sentimento que nos deixa tonto
Sedento por um momento de escrita,
Sentimento que nos aprisiona nas letras e sílabas,
formando frases de nós mesmos.

São as súplicas de um coração que vagueia
por entre emoção sublime e o próprio eu.
Arrancando de nossas entranhas o que é de mais belo
e nos colocando transparente aos olhos do leitor.

Poesia é tudo isso e mais uma infinita
variação de momentos intensos,
vividos unicamente pelo poeta.

Niterói - RJ - 24/02/06

Ouvindo o Silêncio.


Ouvindo o Silêncio.
(Sávio Assad)

Som de minha alma, ecoa entre os campos e visite
minha amada, perdida em pensamentos.

Arraste meus pensamentos aos seus pés e devolva os seus,
para minhas mãos que já estão abertas a sua espera.

Venha cobrir-me com seus longos cabelos dourados,
fazendo-me arrepiar todo o meu corpo, ainda sereno.

Faça-me gritar aos setes mares, o amor que sinto e
assim ouvindo o sussurrar de seus lábios, me perder.

Venha e sinta o meu hálito de anis, perfumando
a sua pele morena e se apossa do sempre foi seu.

Acorde com o vento batendo em sua janela e
deposite suas esperanças, já tão esperadas.

Venha a beira mar, viver o sonho aberto ao horizonte
e no poente descansar com o brilho das estrelas.

Niterói -RJ - 18/10/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1873889

Ingrato Coração.

Ingrato Coração.
(Sávio Assad)

Bate, bate forte e sem medo, bombeando
esse líquido vermelho, rubro dos lábios
que eu perdi, no caminho da vida.

Bate, forte e sem dó, de machucar esse
peito já dolorido, pelos soluços de noites
inteiras, perdido em pensamentos.

Bate com coragem e pulsa minha cabeça
tonta e desmemoriada, das pancadas da
vida, amarga e sedenta por você.

Bate e me faz gritar aos quatros cantos,
seu nome bem alto, para todos ouvirem
e confirmarem minha derrota.

Bate e agoniza esse ser já cansado de
longas caminhadas, por trilhas em branco
sofrendo por perder os olhos seus.

Niterói - RJ - 09/10/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1857765

Existe um Deus.

Existe um Deus.
(Sávio Assad)

A presença constante de sentimentos, que nos invadem
confirmam a revolução que passamos todos os dias em
nossa vida, procurando sanar curas, talvez difíceis.

O turbilhão em que nos envolvemos nos trás a realidade
de uma vida constante, onde o sangue jorra em nossas
veias, num vai e vem, em caminhos tortuosos.

Somos o próprio poder divino, assolando nossa cabeça
e julgando cada movimento do nosso corpo, numa
supervisão precisa, constante e contundente.

Existe um Deus e Ele mora dentro de nós mesmo,
conscientizando os nossos passos e nos levando
a caminhos seguros, secretos, distantes, curtos.

Nos envolvendo a cada momento de decisão e nos
proporcionando o discernimentos em nossos atos,
acarretando a nós mesmos os passos seguidos.

Consulte o seu Deus interior, ele falará de suas
vitórias e de suas perdas e avaliará o pensamento,
o gesto, o sentido. Nos proporcionando a paz interna.

Niterói - RJ - 26/09/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1832637

O holocausto não existiu.

O holocausto não existiu.
(Sávio Assad)


Quem disse isso?
Quem ousou a pronunciar essas palavras tão irreais?
Certamente não precisou imigrar para terras distantes.
Não precisou abandonar familiares forçosamente.

Quem disse isso?
Não sentiu no seu próprio corpo o abate do chicote.
Não passou fome e sede em campos de concentração.
Não rolou uma lágrima dos olhos sedentos de vingança.

Quem disse isso?
Não dormiu em gaiolas improvisadas, feito bicho acuado.
Não viu o filho trabalhar sobre o açoite e sangrar as mãos.
Não olhou para o céu pedindo por um pouco de paz.

Quem disse isso?
Não viu o caminhar lento e taciturno, para masmorra.
Certamente não viu o corpo de seu irmão se desintegrar
em fumaça e suas roupas sujas e rasgadas erguerem em labaredas.

Quem disse isso?
Certamente carrega em seu peito um coração
gelado, que ainda hoje luta por pedaço de pão que não
lhe pertence e se sente puro de raça e credo.

Niterói - Rio de Janeiro - 18/09/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1818404

Voo Eterno.

Voo Eterno.
(Sávio Assad)

Voo, um voo triste e silencioso,
onde minhas asas abertas contra
o vento ultrapassa a eternidade.

E rompe a barreira da luz iluminando
o seu destino, sonhando acordado
por um dia mais feliz e duradouro.

E quando a chegada do além mar
brotar em meus olhos, verei o seu
rosto refletido no oceano.

Niterói - RJ - 01/09/09

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1787616

Marcas de Uma Paixão.

Marcas de Uma Paixão.
(Sávio Assad)

Reluto ao vento que corta o meu corpo
gelado, como um raio de emoção.

Reluto no caminho das pedras, caminhando
sobre espinhos e respirando saudade.

Reluto na contra mão do tempo, esperando
um segundo a mais ao entardecer, por você.

Reluto na estrada da vida, sonhando acordado
na espera de uma voz a me chamar.

Luto e reluto pela paixão que se apoderou
do meu coração e despedaçou o meu destino.

Niterói - RJ - 26/8/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1776548
Semelhante no olhar.
Individual no pensamento,
sem reflexo de um outro dia,
sem calor no coração.

Sávio Assad

Caso Muito Sério!
(Sávio Assad)

Hoje estou por conta da vida,
arrancando os cabelos que me
restam, por esta mulher.

Enlouquecido de desejos e
de olhos abertos a noite inteira,
pensando só em você.

Acelera coração, voz fica
enrouquecida, peito arfando
nun sufoco sem fim.

E você ainda acaba comigo,
atrasa meus impulsos, me enlouquece
e esquece de aquecer os meus braços
em abraços loucos.

Niterói - RJ- 14/8/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1757467

Flor de Lótus

Flor de Lótus.
(Sávio Assad)


Broto do fundo dos pântanos
e inspiro o ar cristalino da mata.

Venho para encantar a visão
do andarilho, sem destino.

Encanto e me faço cheia de vida,
lindamente para seus olhos.

Sou teimosa, me arrisco num
risco de vida, para me mostrar.

E assim ilumino, como um clarão
o pântano do seu coração.

Niterói - RJ - 12/8/2009

Na palma da minha mão.

Na palma da minha mão.
(Sávio Assad)

Sinto como uma brisa suave a roçar
na minha mão, entrelaçada de esperança.

Sinto como um sussurro adentrando
minha alma e possuindo meu corpo.

Vejo o cintilar de sua pele morena
e estremeço de prazer e luxúria.

Toco seu corpo macio e sinto o meu
corpo saindo de mim, para te resgatar.

E a sua presença se faz presente
em todos os sentidos da minha vida.

Niterói - RJ - 05/8/2009
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1737291

As Cores.

As Cores.
(Sávio Assad)

Poderia pintar de vermelho, esses lábios
e mergulhar no rubro de seus sonhos e
sonhar contigo.

Poderia pintar de azul, esse céu imenso
e passear sobre nuvens de sonhos
sonhando acordado.

Poderia pintar de amarelo, esses cabelos
e como uns raios de sol, espalhar a
claridade sobre você.

Poderia pintar de verde, meus olhos
e espiar os seus,numa lente vitrificada
arrancando suspiros seus.

Poderia pintar de branco, numa
doce paz interior, sonhando, suspirando
e caminhando, em passos largos
para o além.

E depois desta aquarela o que seria
do preto? Esquecido no tempo e no espaço?
Seria a base de todo esse encanto, seria a
união de cores vivas e serenas a te encantar.

Niterói - RJ - 02/8/2009

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1732624

Flechas de um Cupido.

Flechas de um Cupido.
(Sávio Assad)

Acerta essa flecha em meu coração,
quero gritar aos quatros cantos que
não sou vazio, que vivo para amar.

Sangra esse ser pulsante, que quer
sair do meu peito e se mostrar na sua
plenitude de sonhos e encantos.

Transpassa e passa essa dor mortal,
de uma pessoa oca, sem pretensões,
sem um porto para ancorar e viver.

Acerta essa flecha em meu coração,
e a explosão acenderá seus olhos
e eles me verão a te olhar.


ROUBO EM MINHA TELA.

ROUBO EM MINHA TELA.
(Sávio Assad)

Olhos fixo em minha tela te vejo
assinando meu poema, silencioso
sem medo de ser pego, sem medo
de me olhar nos olhos e me ver.

Olho o seu sorriso irônico, desferindo
uma bofetada em meu rosto, espantado
esbravejo com a tela que te vejo e lamento.
lamento ver seu nome fazendo sombra ao meu.

Mas você não me enxerga, me ignora e
assim vai assinando meus poemas,
arrancando meus sonhos, meus pensamentos...
Mas tenho certeza que você nunca vai viajar no tempo,
ultrapassar barreiras dos sonhos e voar
sobre o horizonte, por onde andei.

Niterói - RJ - 09/7/2009
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1691597

Minha Gueixa.

Minha Gueixa.

(Sávio Assad)


Gueixa de olhos tristes e calada

Vela meu corpo nu sobre a cama

Depois de uma noite de amor.

Suporta meu silêncio


Depois de saciar minha sede

De gozo e prazer.

Aquece meus pensamentos pecaminosos

Numa fúria de paixão e ardor.


Supera as revoltas de meu coração

Com suas delicadas mãos de seda

E me trás a realidade.



Niterói - RJ - 18/08/2007

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/612412

Tempo de Abandono

Tempo de Abandono
(Sávio Assad)

Eu calado e você também,
sem nenhuma explicação
nos fechamos e atamos os nós.
Nós solitários, nós de nós mesmos.
Arrancamos com garras de ferro o afeto,
destinado aos amantes.
Expulsarmos os desejos de nosso corpo,
que agora vivem inertes no abandono
de um dia de outono.
O prazer da tua língua em meu corpo já não existe,
se calaram no caminho,
perdido em ruelas de desilusão.
Nos abandonamos ao relento,
sem querer saber do pensamento insano.
Somos culpados, culpando o tempo.
E o tempo, esperando...
Esperando no avançar dos minutos,
para sumir no século do abandono.

Niterói - RJ - 29/03/2009
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1512373

Estarei no seu pensamento.